H U M O R

 O casamento de Manoel


Manoel e Joaquim chegaram de Portugal e juraram amizade eterna. Eles nunca se separavam, e até pra trabalhar tinham que estar juntos.
Com o dinheiro que trouxeram eles compraram um monte de bugigangas e foram trabalhar como mascates de cidade em cidade. Chegando a Sorocaba Manoel se apaixonou por Maria e casou, e depois da cerimônia os três foram procurar uma pensão pra dormir, mas na pensão só tinha uma cama de casal.  Manoel e Maria chegaram a um acordo: não poderiam deixar o amigo Joaquim dormir no chão, teria que dormir os três na mesma cama e... ponto final. Joaquim não gostou da idéia, mas teve que aceitar.
E foram dormir assim: Manoel deitou de um lado, Joaquim do outro e Maria no meio. Apagaram a luz. De repente, no escuro,  Joaquim sentiu uma mão segurando o seu bilau, e ele pensou: quando o dia amanhecer eu vou dizer pro meu amigo que ele se casou com uma vagabunda . E assim ele fez:
- Manoel, preciso falar contigo! É coisa séria!
-Que tu queres Joaquim?
- É que tu casastes com uma piranha! Tua mulher, a Maria, é uma vagabunda! Sabes por quê? Eu te digo: é que enquanto tu dormias, a Maria segurava o meu bilau, a noite toda!
- Escuta aqui Joaquim! Tu achas que sou um idiota? Pensas que eu ia deixar  tu ficares a noite toda a querer se esfregaires na Maria? Então saibas que quem segurou teu bilau fui eu, oras bolas!


TA  É DANADO DE BOM

Já era noite e Lampião seguia com seus capangas quando ouviu o som de uma sanfona numa casinha na beira da estrada. Ele mandou um dos cangaceiros ir até lá e ver do que se tratava.
Ao voltar o sujeito lhe disse que era uma festa de São João e que tinha muita gente lá.
Lampião foi até a casa da festa - armado até os dentes, e lá ele deu dois tiros e depois gritou:
-  Vamos fazer aqui uma grande quadrilha de São João. A sanfona pode começar a tocar. Quero ver todo mundo dançando, certo?
E o povo com medo dele respondeu:
-  Certo seu Lampião!
-  Muito bem! Vamos começar a quadrilha! Quero ver os homes de um lado e as muié do outro, Certo?
-  Certo seu Lampião!
- Quero ver todo mundo nu. ( e todos tiraram a roupa ).
- Muito bem  - disse Lampião - Agora quero todo mundo dançando agarradinho e quem não me obedecer entra na bala, certo?
-  Certo seu Lampião! - todos gritaram
A sanfona tocava música de quadrilha sem parar e Lampião começão a narrar a quadrinha, gritando assim:
- Olha a cobra! -   e o povo pulou como se ali tivesse uma cobra.
E Lampião continuou se divertindo com suas ordens malucas assim dizendo:
olha o céu ( e todo mundo olhava pra cima); olha o inferno ( e todo mundo olhava pra baixo),  mas certa hora ele gritou:
- Quando eu contar até três os ômes vão enfiar um dedo na boca e o outro no fiofó - um, dois, três eeee  jááááá. Dito isso todos enfiaram os dedos nos devidos lugares. Mas em seguida Lampião deu outra ordem assim dizendo:
- Agora troquem os dedo: o de baixo pra cima e o de cima pra baixo.
Mal ele acabou de dar a ordem, um cara gritou:
- Seu Lampião, assim não da! Assim tá danado!
- Ta danado de que, cabra? - gritou Lampião apontando o cano.
E o sujeito tirou o dedo da boca e respondeu:
- Ta é danado de bom. 


O Lava e Passa

     O Mané passava todo dia na frente do prédio da loira e ouvia uns PSIU! PSIU! Ele olhava pra cima e na janela do 3º andar lá estava a gostosona acenando pra ele subir. Ele fazia de contas que não via nada e ia embora. Certo dia ele não suportou  a tentação e subiu. Bateu na porta da loiraça e ela lhe apareceu quase pelada, dizendo: - Entra bonitão! Vem cá meu gostosão.
    O Mané ficou doidão, e entrou. Ao fechar a porta ele se deu de cara com o marido da loira que lhe apontando um três oitão, lhe disse:

    - Escute aqui seu cabra safado: está vendo ali aquele monte de roupa lavada? Pois é! É você que vai passar o ferro em tudo, bem passadinho! Certo?
    O Mane ficou puto da vida, mas passou a roupa toda sob a mira do 38, e depois foi embora.

       Três dias depois.
   O Mané estava tomando uma cerveja com um amigo no boteco e resolveu lhe contar aquele vergonhoso episódio no AP da loira. Seu amigo ouviu tudo e quase morreu de tanto dar risadas.
   E o Mané, já nervoso com o amigo, lhe perguntou:
   - Você é louco, cara? Você acabou de ouvir a humilhação que passei no AP daquela vagabunda, filha da p.... e fica rindo de mim desse jeito?
   E o amigo lhe respondeu:
   - Fica frio, Mané! Aquela roupa que você passou fui eu que lavei todinha!




SALÁRIO MÍNIMO

A garota, filha de um fazendeiro,  tinha um pai muito brincalhão e gozador com tudo mundo.
Certo dia ela insistir seu namorado para que ele fosse pedí-la  em casamento e depois de muita insistência ele resolveu encarar o futuro sogro. Marcaram o dia e a hora. Mas, envergonhada com a situação, a jovem ficou do lado de fora da casa aguardando o final da conversa de ambos e sem conseguir ouvir o que, lá dentro, eles falavam.
- Bom dia seo Miguel!
- Bom dia! Quem é você, e o que deseja?
- Eu sou Zezinho, namorado de sua filha. Vim lhe pedir a “mão” dela em casamento!
O pai da moça olhou o sujeito de cima a baixo e, brincando, lhe perguntou:
- Escute aqui rapaz: quanto você ganha por mês?
- Um Salário Mínimo – respondeu-lhe.
- Sóóóó???  Só isssso? Fique sabendo, meu jovem, que essa mixaria minha filha gasta por mês só com papel higiênico.
O rapaz ficou desapontado e foi saindo de fininho.
Ao passar pela moça ela correu ao seu encontro e lhe perguntou:
- E ai querido, como foi a conversa, meu pai aceitou?
O rapaz desviando-se dela, disse-lhe:
- Sai daqui, sua cagona.



            O   p i n t o r
                      Foi um caso verídico

Meu vizinho contratou um pintor e deu-lhe a seguinte ordem:
- Só te pagarei o serviço à noite, quando eu chegar, e quero ver a minha casa bem caiada, branquinha como uma nuvem! Certo?

E o homem trabalhou, sem parar, a manhã toda, subindo e descendo escada.
No meio da tarde ele já estava caiando a frente da casa quando subitamente começou a falar em voz alta, mais ou menos assim:
- Não acredito! Esta  __orra está sujando a parede toda!
Do pé da escada ele olhava para  a parede e resmungava:
- Diabo! Eu não sabia que esta  __orra ia estragar todo meu serviço!
Demorava mais uns minutos e ele, do alto da escada , dizia :
- Tenho certeza que o cara não vai me pagar por esta porcaria de pintura e a culpa é esta  ___ orra  toda que está na lata!

Fiquei nervoso com aquele monte de palavrões na frente de meus filhos e fui tirar satisfação com o fulano, assim dizendo:
- Escute aqui cara! Você é louco? Você não respeita minha família? Se continuar com seus palavrões eu chamo a polícia!
E o pintor, meio sem graça, me disse:
- Não moço, eu não estava xingando palavrão! Eu estava dizendo que a brocha só trazia a borra da cal.





O MANOEL



Cinco portugueses chegaram ao Brasil e foram procurar emprego numa agencia e lá fizeram uma fila.
Como é seu nome?  - Perguntou a funcionária da agencia ao primeiro da fila.
Meu nome é Manoel – disse orgulhoso.
Tá bem. Já anotei. Pode sentar senhor – disse a moça.
Virou-se para o segundo e perguntou:
E o nome do senhor?
Manoel - respondeu o português todo feliz e coçando o bigode.
A moça escreveu o nome e perguntou para o terceiro da fila:
Moço, como se chama?
Eu me chamo Manoel!
A moça achou esquisito, e sorrindo disse: cacete, aqui só tem Manoel?!
Os três MANOÉIS, já sentados, ficaram putos da vida com a fala da funcionária.
A moça virou para o quarto homem da fila, e perguntou:
Me diga seu nome, por favor!
            O cara disse: Meu nome é Manoel Rodrigues. Em seguida virou-se para o último colega da fila e falou nervoso: escute aqui patrício, essa gaja estás a gozaire de nossas caras e tu não vais dizeire pra ela que teu nome é simplesmente Manoel, e sim, Manoel Joaquim da Silva.                                               

O almoço da Joselina


A mãe acabou de preparar o prato do almoço dela e da filhinha Joselina, que estava brincando com as coleginhas no quintal da casa.
_ Jeseliiiina, venha comer! – gritou a mãe.
- Já vou mamãe!
Dez minutos depois
- Ooou Joselina, você vem ou não vem comer?
- Tô indo, mamãe!

Cinco minutos depois

A mãe, já nervosa, chega até a porta e grita:
- Joseliiiina, você vem ou não vem comer!...... meeerda!

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Negócio que não cresce



O Kaganumuro tinha chegado do Japão e foi conhecer as fábricas de São Paulo com um primo dele que era brasileiro. Ele queria saber tim tim por tim tim como em tão pouco tempo seus conterrâneos ficaram ricos aqui no Brasil.
E lá foram eles de fábrica em fábrica.
- Ta vendo aquela fabrica enorme, de bicicleta, é do nosso tio! – disse o primo brasileiro -  Ela já foi um negociozinho de nada! O tio se matou trabalhando e o negócio dele cresceu, prosperou. Hoje ele está rico, muito rico. Ta vendo aquela outra lá na frente, é de palmito. É também do nosso tio. Começou no fundo do quintal, o negócio dele cresceu muito rápido. Está enorme.
Kaganumuro ficava atento a tudo que ouvia e logo montou uma fabriquinha de camisinha, mas não vendia quase nada. Então ele foi ao Sebrae pedir ajuda.
Lá ele disse:
- Kaganumuro precisa ajuda especialista pra ver negócio dele crescer; camisinha num cresce nada. Precisa ajudar negócio Kaganumuro ficar grande, nom? Que fazer?
Disse-lhe o moço do Sebrae, que era também um japonês:
- Kaganumuro deve procurar ajuda no medicina, nom?

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                                         O Furúnculo da Maria




O Zeferino e a Maria moravam na roça e nunca precisaram ir ao médico.
Certo dia  ela se queixou que estava com um furúnculo no trazeiro.
Zeferino ficou muito chateado com o sofrimento da Maria que, cheia de dores, não podia sentar, não podia deitar etc e tal. Não tendo mais remédio caseiro que sarasse o furúnculo, Maria pediu a Zeferino que fosse até a cidade e consultasse um doutor, pois a coisa tava muito feia.
E o Zeferino, falando alto, se pôs a ENSAIAR como diria ao médico:
- “Sabe, doutor, a Maria tá com um furunco na bunda”.
A Maria ouviu e repreendou o marido, dizendo:
- Que coisa mais feia, Zeferino! Não fale bunda pro doutor, fale nádega. O nome desse lugar é nádega. Nááá_de_ga. Entendeu? Não me faça tanta vergonha - repreendeu
- Diaaaxo! Acho que não vou saber falar esse nome. É melhor eu levar o Toinho pra me ajudar.
E o Zeferino montou no cavalo levando o Toinho na garupa.
Ao chegar no consultório ele entrou e deixou o garoto no lado de fora e começou a narrar a doença da Maria:
- Sabe doutor, minha muié ta com um furunco naa...  naaa..., espere ai doutor, vou lá fora chamar meu fio, ele sabe mais do que eu. Abriu a porta e gritou: - Toinho, eu esqueci! Vem cá e diz pro doutor como é mesmo o nome da bunda da tua mãe!


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                             Um amor inútil



Era uma vez duas gatas: uma preta, chamada Bilu e uma branca que se chamava Mimosa. 
Elas eram amicíssimas, só viviam juntas.
Certo dia ambas estavam de cio e precisavam urgentemente acasalar. As duas saíram noite adentro a procura de machos. Sobe rua, desce rua e de repente avistaram, lá na frente, dois lindos gatos: um preto e um branco.
 A Mimosa foi decidida:

- Aquele negão é meu, e não se meta – e disparou em direção às garras do amado gato. A Bilu, por suas vez, teve que se contentar com o que lhe sobrou: o gatinho branco, que não tinha lá muito charme, pois aparentava muito franzino, vagaroso e abestalhado.
E foi aquela noite de corre-corre e de pega-pega.
Os casais por fim se separaram pulando cercas, escalando muros, rolando nas valas, correndo nos telhados e fazendo um barulho infernal com seus grunhidos arrepiantes, e dessa forma farrearam até o dia amanhecer.
Já era meio-dia quando Bilu acordou e logo foi procurar Mimosa na intenção de saber tim-tim por tim-tim da grande noitada de amor.
- E aí amiga? Você sumiu na noite? – disse Bilu - Como foi sua noite de amor? Mas... espere ai. Antes de responder eu vou te contar como foi a minha. Pra início de conversa, fique sabendo que aquele branquinho é o capeta, é um “animal”. Ele foi o máximo! Estou arrasada: toda mordida, arranhada, suja de lama, mas... valeu a pena. Agora, me conta como foi o desempenho do teu negão?
- Nem te conto, Bilu!
- Que é isso amiga? Está me estranhando? Vamos, fale!
- Sabe Bilu, aquele desgraçado passou a noite toda me contando como foi que caparam ele.
- Coitaaaado!


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Nome  Impróprio

Calmamente olhei o nome da criança na certidão de nascimento e questionei com a mãe:
- MAUÇA DA SILVA? – Senhora, juro que nunca vi alguém com esse nome. Por que Mauça?
Ao que a mãe me detalhou, assim dizendo:

- Meu marido disse que se ela nascesse em janero seria Janaina, se, em feverero, seria Feverina, mas a danada nasceu em MAUÇO.


7 comentários:

  1. Excelentes! Precisamos de mais humor nas nossas
    vidas.
    Rita

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  2. Com relação as gatinhas:Mimosa dançou! kkkk. Achou que era esperta! Correr atrás das aparências...

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  3. kkkkkk, ô Zeferino burrinho!

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  4. Kaganumuro! Coitadinho... Muito boa! Tico, você é bom no humor. Bravo!

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  5. Tio... Gostei do almoço da Joselina..
    Mas tadinha... comer Meerda!! rsrsrs. Aí explica a demora! rs

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  6. Gostei bastante do seu humor, suas piadas são excelentes!
    Continue nos presenteando, pois rir será sempre o melhor remédio.
    Coitada da Joselina, ninguém merece essa comida e Kaganumuro só o nome já faz rir e seu negócio então...Rsrs
    Rita

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  7. Parabéns pela iniciativa de faer as pessoas rirem, gostei bastante das piadas.
    Aninha Lopes

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